Feira e congresso acontecem em outubro de 2024. Evento foi idealizado por entidades do setor para apresentar vantagens dos pré-fabricados
A Francal Feiras, tradicional líder em promoção de feiras no país, começa a atuar em 2024 em um novo segmento: o da construção industrializada. Entre os dias 1 e 3 de outubro do ano que vem, a empresa realizará o Modern Construction Show, feira e congresso voltados especialmente ao setor da construção fora do canteiro de obras, também chamado de off-site.
O grande evento, inédito no país, acontecerá no Distrito Anhembi. Ele foi idealizado pelas associações Abcem, Abcic e Abramat, entre outras entidades, e contará com a promoção e todo o know how da Francal Feiras. O projeto foi lançado nesta terça (29/08) a empresários e profissionais do setor em um encontro em São Paulo. A construção industrializada envolve todos os sistemas que não são construídos dentro do canteiro de obras, ou seja, tudo o que é fabricado na indústria e montado na obra. Para saber mais acesse https://mcshow.com.br/.
Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, abriu o encontro ressaltando que o Brasil precisa de agilidade e redução de custos. “Nós da Francal, junto com as entidades, temos certeza de que com esta união, iremos longe, trazendo para o Brasil um novo perfil de construção e, consequentemente, gerando mais empregos, negócios e bem-estar”.
Ulysses Nunes, diretor executivo da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem), contou que o objetivo da Modern Construction Show será mostrar as vantagens da construção industrializada, como redução dos prazos de execução da obra, maior controle de custos, previsibilidade e menor desperdício de materiais, entre outros.” É a construção que realmente atende aos requisitos ESG.”
Em sua fala no lançamento, Iria Doniak, presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (Abcic), afirmou que a estimativa é de que o Brasil utilize atualmente 10% de construção industrializada no país, enquanto em outros países como Estados Unidos e Inglaterra este número ultrapassa 50%. “Há 15 anos a construção industrializada representava 4%. Hoje é 10%. Neste período tivemos um crescimento de seis pontos percentuais”, explicou.
A tendência, no entanto, é de aceleração do crescimento deste mercado. Laura Marcellini, diretora técnica da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), disse em seu discurso que a iniciativa da Francal Feiras juntamente com as entidades acontece em um momento extremamente oportuno. “Precisamos considerar que há déficit habitacional e de infraestrutura no país e que, se quisermos vencê-los, é necessário fomentar a industrialização da construção. Porque podemos ajudar a construir com alta produtividade, de forma rápida e sustentável.” Laura citou as iniciativas recentes do atual governo de retomada dos programas Minha Casa, Minha Vida e do PAC, que vão nesta direção. “O momento também é oportuno porque o diálogo com o governo e entidades avançou muito, especialmente com a iniciativa do Construa Brasil”.
Em palestra no encontro de lançamento, a professora Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV) apresentou pesquisa recente da fundação que mostra que menos de 35% das empresas utilizam sistemas pré-fabricados em suas obras. Dentre elas, 60% utilizam em apenas 25% das obras em andamento. As questões especiais sobre o uso dos pré-fabricados fizeram parte do levantamento Sondagem da Construção de abril deste ano. Foram coletadas informações com 612 empresas. Segundo a professora, o setor tem grande potencial de crescimento desde que consiga isonomia tributária em relação à construção civil convencional e mudanças nos instrumentos de financiamento da habitação.
Na opinião de Iria Doniak, nenhum sistema construtivo — convencional ou industrializado — vai deixar de ter espaço. Isso porque, segundo ela, cada empreendimento é único e vai se viabilizar de uma determinada forma. “Mas a industrialização é um vetor importante rumo às demandas atuais no mundo, de forma globalizada. Nós precisamos avançar, modernizar o nosso país na área da construção civil e ser capazes de atrair e deter talentos”, concluiu.
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