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CCS Tech Summit recebe representantes de empresas com importantes projetos de captura e armazenamento de carbono

04/06/2024
CCS Tech Summit recebe representantes de empresas com importantes projetos de captura e armazenamento de carbono

Repsol Sinopec Brasil, FS Bioenergia e Manacá CCS possuem projetos que já estão em andamento e que poderão entrar em funcionamento com a aprovação da regulação sobre CCS

O tema da Captura e Armazenamento de Carbono ainda precisa passar por uma série de regulações no Brasil, mas já apresenta avanços importantes e já possui projetos significativos propostos por empresas do setor de óleo e gás e bioenergia, como a Repsol Sinopec Brasil (RSB), a FS Bioenergia, a Manacá CCS e a EQAO. Representantes dessas empresas estarão presentes na CCS Tech Summit, segunda edição do congresso voltado para o tema da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), promovido pela CCS Brasil em parceria com a Interlink Exhibitions, nos dias 5 e 6 de junho, no Expo Mag, no Rio de Janeiro.

“Esse congresso representa uma oportunidade ímpar para aprofundamento de conhecimento, intercâmbio de experiências e desenvolvimento de colaborações no setor de Captura e Armazenamento de Carbono, em um fórum altamente qualificado. Também será uma oportunidade única para que os atores de todo o ecossistema possam conhecer detalhes sobre o andamento de importantes projetos de CCS que já vem sendo realizados por empresas no país”, afirmam Isabela Morbach e Nathália Weber, cofundadoras da CCS Brasil.

A Repsol Sinopec possui o Programa NET (Negative Emissions Technology), que engloba dois importantes projetos relacionados à captura direta de CO2 do ar, utilizando a tecnologia DAC (Direct Air Capture), solução que permite a captura de CO2 emitido por qualquer tipo de atividade. O primeiro projeto, o DAC.SI, foi lançado em 2022 em parceria com a PUCRS, e consiste no desenvolvimento de uma planta experimental capaz de realizar a captura de 300 toneladas de CO2 do ar por ano. Os testes iniciaram em janeiro de 2024 e já está instalada um primeiro reator com capacidade de captar 15 toneladas. A planta experimental completa deverá estar em funcionamento em julho de 2024.

Já o projeto DAC 5000, lançado em 2023, prevê a instalação de uma planta que deve entrar em operação em cinco anos, e é conduzido em sua primeira fase em parceria com o SENAI CIMATEC. A RSB explica que as inciativas fazem parte dos esforços do grupo Repsol em zerar suas emissões líquidas globais até 2050. “O intuito é desenvolver todas estas tecnologias de forma integrada, atuando para reduzir as emissões dos processos e tornar a nossa indústria parte de uma mudança econômica que apoia a descarbonização”, destaca a gerente de Suporte e Portfólio de Pesquisa da RSB, Cassiane Nunes. Cassiane Nunes estará presente no CCS Tech Summit no dia 5 de junho, às 14 horas, para falar sobre os projetos de CCS em desenvolvimento no setor industrial.

Já a FS concluiu recentemente os estudos técnicos que comprovam as condições geológicas adequadas para injetar no subsolo o dióxido de carbono (CO2) emitido na fase de fermentação da produção do biocombustível. A empresa quer se tornar, assim, a primeira produtora de etanol com pegada negativa em carbono do mundo e a primeira a desenvolver a tecnologia BECCS (bioenergia com CCS) na produção de etanol fora dos Estados Unidos. A expectativa é evitar o lançamento de 423 mil toneladas de CO2 por ano pela operação da indústria em Lucas do Rio Verde (MT) e, posteriormente, alcançar todas as unidades industriais para alcançar a remoção da atmosfera de 1,8 milhão de toneladas de carbono por ano. Os estudos foram iniciados em 2021.

“O resultado do estudo técnico é um passo crucial para atingirmos a visão da FS, que é de ser o maior produtor de combustível carbono negativo do mundo. Agora dedicaremos esforços na monetização deste projeto através da venda de créditos de carbono, bem como aguardaremos a aprovação do marco legal pelo Senado”, comenta vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios da FS, Daniel Lopes. Daniel estará presente no evento no dia 6, às 09h30, para falar sobre projetos de remoção de carbono que incluem DACCS e BECCS.

Outra iniciativa significativa é da Manacá CCS, primeira empresa brasileira criada para serviços de armazenamento geológico do Brasil. A empresa quer capturar 2 milhões de CO2 por ano em reservatórios salinos em dois blocos na Bacia do Paraná localizados no estado de São Paulo. A ideia é de realizar uma “captura negativa”, a partir do plantio de cana-de-açúcar associado ao serviço de injeção de carbono nos reservatórios. Também está em negociação uma parceria com uma empresa de comercialização de créditos de carbono. A Manacá CCS estará presente no dia 6 de junho, às 09h20 para falar sobre desafios e avanços tecnológicos de projetos em andamento.

“A Manacá CCS nasce no Brasil com a visão de que as tecnologias de CCS, especialmente BECCS, ligados à produção de etanol, são parte fundamental das estratégias da mitigação das mudanças climáticas e do net zero no Brasil e do Mundo. A empresa nasce olhando para o grande potencial que o Brasil tem de contribuir para a remoção de dióxido de carbono da atmosfera para o mundo”, afirma Peter Jackson, diretor da Manacá CCS.

O mercado de carbono também será tema no congresso por meio da presença de Carlos de Mathias Martins, Presidente do Conselho de Administração da ACX Brasil, uma das maiores bolsas de créditos de carbono do mercado global. Ele também está à frente da EQAO, que realiza o assessoramento para projetos de crédito de carbono. “A Eqao tem mais de vinte anos de experiência no desenvolvimento de projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa. Sempre apostamos em soluções de descarbonização baseadas em avanços tecnológicos. Nesse sentido, investimos na parceria com a ACX para comercializar os créditos de carbono de diversos projetos de nosso portfólio, incluindo projetos de CCS”, explica o executivo.

O CCS TechSummit será realizado durante o Carbon Capture Expo South America, única feira nacional destinada ao setor, e que acontece paralelamente ao Hydrogen Expo South America, voltado para a cadeia produtiva do hidrogênio e da descarbonização. Para mais informações e inscrições no CCS Tech Summit e Carbon Capture Expo South America acesse: https://carboncaptureexpo.com.br.

Sobre a CCS Brasil

A CCS Brasil é associação que visa estimular as atividades ligadas à Captura e Armazenamento de Carbono no país, um processo que visa trazer um impacto sustentável positivo para a sociedade e que reúne diversas tecnologias para a captura do CO2, transporte e armazenamento permanente do gás carbônico em formações rochosas com profundidades maiores que 800 metros. A CCS Brasil busca promover a cooperação entre todos os entes que podem participar dessa cadeia produtiva e que incluem empresas financiadoras, indústrias, governo, universidades e a sociedade, visando o desenvolvimento desse mercado.

https://carboncaptureexpo.com.br
 
 
 
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