Manaus se transformará na capital mundial do jazz em 2022, com a realização do Amazonas Green Jazz Festival. Serão 16 apresentações, reunindo a nata da música instrumental brasileira com a elite internacional do gênero, no palco do Teatro Amazonas, entre os dias 22 e 30 de julho. O evento é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Durante a maratona de jazz na cidade, o Teatro Amazonas receberá dois concertos por noite, às 20h e 21h30. “Será uma oportunidade ímpar de conferir de perto alguns dos maiores instrumentistas e intérpretes da atualidade, além de aproveitar a ampla programação multicultural que ocorrerá durante o festival”, destaca Marcos Apolo Muniz, titular da Secretaria de Cultura.
O público poderá garantir os ingressos para os espetáculos, a partir de 1º de fevereiro de 2022, na bilheteria do teatro ou pelo site: www.festivalamazonasjazz.com.br. Os valores variam de R$ 30 a R$ 100 (inteira).
Quem garantiu passaportes para a edição de 2020 também poderá utilizá-los no ano que vem. A troca dos ingressos ou solicitação de reembolso precisa ser realizada até 31 de janeiro, na bilheteria do Teatro Amazonas. Pessoas que moram fora de Manaus ou que fizeram a compra de forma on-line devem solicitar a troca ou reembolso pelo e-mail: bilheteria.ta@gmail.com.
Adiado em 2020 e 2021 por conta da pandemia de Covid-19, o festival faz sua retomada com um novo conceito, propondo o desafio de alinhar cultura, sustentabilidade e meio ambiente.
No line-up, estão alguns dos principais nomes do cenário jazzístico. As estrelas internacionais são Ed Sarath, Keyon Harrold, Randy Brecker, Jeff “Tain” Watts, John Fedchock, Daniel Barry e Aaron Parks, dos Estados Unidos, além do pianista porto-riquenho Edsel Gomez.
Já a lista de atrações nacionais inclui Marcelo Coelho & McLav.In, Trio Corrente, Bruno Mangueira, Amilton Godoy Trio & Gabriel Grossi, Karine Aguiar & Jungle Jazz, Felipe Salles, Daniel d’Alcântara, Leila Pinheiro e o duo Mauro Senise e Gilson Peranzzetta.
Espetáculos
A abertura do Amazonas Green Jazz Festival, no dia 22 de julho, será marcada pela performance da obra “Ritos de Passagem”, composição do instrumentista norte-americano Ed Sarath.
O espetáculo é inspirado na jornada de evolução do ser humano e promete surpreender o público ao combinar o ritmo jazzístico com a mística da etnia indígena Tikuna, por meio de uma apresentação especial da Amazonas Band em conjunto com o Corpo de Dança do Amazonas (CDA). A coreografia é assinada por Rui Moreira, considerado um dos nomes mais representativos da dança contemporânea no Brasil.
O segundo concerto da noite será do Triumvirate, um trio liderado pelo músico porto-riquenho radicado em Nova York, Edsel Gomez, indicado ao Grammy Awards e considerado um dos principais pianistas de jazz latino do mundo.
Na segunda noite de festival, no dia 23 de julho, o projeto “Jungle Jazz”, criado pelos músicos e pesquisadores amazonenses, Karine Aguiar e Ygor Saunier, levará para o palco os encontros sonoros entre clássicos do jazz e as cantigas, e batuques de manifestações musicais amazônicas como o boi-bumbá de Parintins, gambá de Maués, marabaixo, lundu marajoara, carimbó, entre outras.
Na sequência, o badalado trompetista norte-americano, Keyon Harrold, se apresenta com seu quinteto pela primeira vez em solo brasileiro. O músico vencedor do Grammy já atuou com uma longa lista de ícones mundiais, entre eles, Snoop Dogg, Jay-Z, Beyoncé e Rihanna.
Abrindo a terceira noite de programação, no dia 24, o grupo Marcelo Coelho & McLav.In promoverá um encontro experimental entre jazz e rap, com participação especial do consagrado rapper, compositor e beatmaker, Kamau, e do DJ Raffa Santoro, filho do compositor amazonense Claudio Santoro e figura-chave na inserção de Brasília na cena nacional do hip hop.
A segunda apresentação será da cantora, pianista e compositora Leila Pinheiro, que completou 40 anos de carreira no ano passado. No show, a artista interpretará o melhor do cancioneiro brasileiro clássico em parceria com a Amazonas Band, sob regência do diretor do festival, Rui Carvalho.
No dia 25, o palco do Teatro Amazonas receberá a final do concurso Jovem Instrumentista, que visa incentivar a propagação da música instrumental. Nesse dia serão anunciados os vencedores da disputa com apresentações musicais de cada categoria.
O duo formado pelo multi-instrumentista Mauro Senise e o pianista, compositor e arranjador Gilson Peranzzetta abre a quarta noite de shows no dia 26 de julho, com um repertório que transita por composições de Peranzzetta e clássicos da MPB. A dupla soma 30 anos de parceria, tendo consolidado uma sólida carreira internacional e se tornado referência da música instrumental brasileira.
Em seguida, a grande anfitriã do festival, a Amazonas Band, recebe o trompetista, compositor e arranjador norte-americano, Daniel Barry, além do multi-instrumentista e compositor brasileiro radicado nos Estados Unidos, Felipe Salles, para um concerto especial.
A programação segue na quinta noite, no dia 27, com a apresentação do quarteto do capixaba Bruno Mangueira, um dos principais guitarristas brasileiros da atualidade. O músico, que também é professor, compositor e arranjador, já participou de shows e gravações no Brasil, Estados Unidos e Europa. Também se apresentou como solista com orquestras sinfônicas e big bands brasileiras e norte-americanas, executando suas composições e arranjos.
O segundo show será desta noite do Trio Corrente, um dos mais consagrados grupos do gênero no Brasil. Formado por Edu Ribeiro (bateria), Fábio Torres (piano) e Paulo Paulelli (contrabaixo), o trio já foi premiado com o Grammy de melhor álbum latino de jazz e é conhecido por unir a tradição dos trios de samba-jazz dos anos 60 à criatividade do jazz moderno.
Na sexta noite do festival, no dia 28 de julho, um dos maiores pianistas brasileiros de todos os tempos, Amilton Godoy, integrante por quase cinco décadas do lendário Zimbo Trio, junta-se aos jovens Edu Ribeiro e Paulo Paulelli, além do gaitista Gabriel Grossi, para apresentar um repertório eclético que aborda, entre outras estéticas, a música de Heitor Villa-Lobos.
O público também poderá assistir ao show do músico e compositor ganhador do Grammy, Jeff “Tain” Watts, considerado um dos maiores bateristas em atividade. Dono de uma batida forte e de muita habilidade, firmeza e dinamismo, o artista norte-americano atuou ao lado dos consagrados irmãos Wynton e Branford Marsalis, entre outras estrelas mundiais do jazz.
A penúltima noite de espetáculos, no dia 29, começa com a apresentação do músico paulista Daniel D’Alcântara, um dos grandes nomes do trompete brasileiro na atualidade. Oriundo de uma tradicional família musical, ele iniciou sua carreira na Orquestra Experimental de Repertório, em São Paulo. Posteriormente, trilhou o caminho da música popular, tocando com grandes ícones como João Donato, Roberto Menescal, Ivan Lins, Leny Andrade, Claudete Soares, Milton Nascimento, entre outros.
O segundo concerto da noite será liderado pelo virtuoso do trombone e arranjador indicado ao Grammy, John Fedchock, dono de uma carreira de sucesso que se estende por mais de três décadas como um dos maiores artistas de jazz de Nova York.
Na última noite do Amazonas Green Jazz Festival, no dia 30 de julho, o aclamado e premiado pianista norte-americano, Aaron Parks, apresenta-se com seu projeto Little Big. Considerado uma grande influência na cena do jazz contemporâneo, o artista já colaborou com músicos de diversas gerações, do trompetista Terence Blanchard ao saxofonista Joshua Redman e ao guitarrista Kurt Rosenwinkel.
Encerrando a programação, a Amazonas Band recebe o trompetista, flugelhornista e compositor vencedor do Grammy, Randy Brecker, que por mais de quatro décadas ajudou a moldar o som do jazz, R&B e rock contemporâneo. Suas apresentações de trompete e flugelhorn fizeram sucesso em centenas de álbuns de uma ampla gama de artistas, de James Taylor a Frank Sinatra.
“Manaus vai se tornar a capital mundial do jazz com a realização do Amazonas Green Jazz Festival, que terá nomes consagrados nacionalmente e internacionalmente. Será muito especial, porque vai unir a força da música com a urgência da conservação da Floresta Amazônica”, comenta Rui Carvalho, diretor artístico do evento.
www.festivalamazonasjazz.com.br |
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